Este Domingo, na página do Evangelho (Mt 5, 38-48), continuamos a escutar as palavras de Jesus no Sermão da Montanha.
Depois de no Domingo passado nos ter desafiado a superarmos as nossas práticas religiosas, morais e sociais, hoje somos convidados a ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito.
Ser perfeito parece algo impossível… Afinal, como costumamos dizer, “perfeito só Deus”! Este convite só pode ser entendido na lógica do amor que Cristo nos convida continuamente. Um amor louco e enlouquecido pela vida do Mestre, pelas suas ações, mas sobretudo pela sua paixão e morte. Só um amor assim é capaz de fazer coisas extraordinárias, como amar os inimigos.
Ressoa nos nossos ouvidos o que escutamos na primeira leitura deste Domingo, retirada do livro do Levítico: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo». Já o próprio Deus, outrora ao povo de Israel, tinha pedido que fossem santos como Ele. O termo de comparação não somos nós, e aquilo que nos parece ser a santidade e a perfeição. Nunca nos comparemos com os demais, pois podem sempre defraudar-nos. Arrisquemos sempre um amor maior, à imagem e semelhança da santidade e perfeição de Deus, manifestadas em Cristo Jesus.
Francisco Maria de São José
Domingo VII do Tempo Comum [Ano A]
19 de fevereiro de 2023