A palavra que hoje nos é servida (Mt 5,1-12a) é a bem conhecida magna carta do Evangelho: as bem-aventuranças.
As bem-aventuranças marcam o início do Sermão da Montanha do Evangelho de Mateus. As palavras que Jesus proferirá são o código para uma vida feliz à luz de Deus. Contudo, a proposta que hoje escutamos em nada se compara aos ideais de felicidade apresentados pelo nosso mundo.
Os bem-aventurados, ou seja, os felizes, de acordo com o Mestre, são os pobres em espírito, os humildes, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz e os que sofrem a perseguição por causa da fé em Jesus.
Espantar-nos-ão estas palavras? O reino dos Céus pertence aos mais frágeis, aos descartados pelas nossas sociedades, por aqueles que marginalizamos. Não são os famosos, os influencers, os mais ricos e poderosos. Não são os que fazem a guerra e os que procuram destruir o seu próximo.
São felizes aqueles que descobrem na nossa fraqueza a fortaleza que recebem do alto. Podemos desvendar a alegria mesmo no meio de lágrimas, de perseguições e insultos. E porquê? Porque no mais fundo do nosso coração reina uma certeza: Ele está connosco, não nos abandona, e acolhe-nos, já hoje, no Reino do seu Amor. Por isso, alegremo-nos e exultemos!
Francisco Maria de São José
Domingo IV do Tempo Comum [Ano A]
29 de janeiro de 2023