Findo o mês de setembro, mês de vindimas, abrimos o mês de outubro mantendo como pano de fundo evangélico a vinha e o trabalho.
A parábola que Jesus conta neste Domingo (Mt 21,28-32), dirigida aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo vem pôr o dedo na ferida da coerência da vida religiosa: a tensão entre o dizer e o fazer.
Bem sabemos que os interlocutores de Jesus diziam, mas não faziam, como várias vezes os acusou Jesus. Empunham fardos pesados aos outros e não eram capazes de os carregar.
Cumpriam centenas de preceitos, mas não acolhiam o único mandamento necessário: converter-se de todo o coração a Deus e ao próximo. Só ama de acordo com a maneira de Jesus quem deixa converter e render o seu coração ao amor de Deus. Por isso, mesmo que digamos que não ao convite do Pai para irmos trabalhar para a sua vinha, algo toca a nossa consciência e partimos para o trabalho no Reino.
Aceitemos o convite. Digamos sim a Deus e ao seu projeto de amor. O Pai quer contar com todos os seus filhos – incluindo os publicanos e as mulheres de má vida – para anunciarem a vida nova que Jesus nos veio trazer.

Francisco Maria de São José
Domingo XXVI do Tempo Comum [Ano A]
1 de outubro de 2023