Nos noticiários e nas plataformas de informação se fala abundantemente de finanças, impostos e economia. O tema da crise, que nos bate à porta todos os dias, está aí e teima em não nos deixar.
Já no tempo de Jesus, os impostos e tributos eram uma “dor de cabeça”, sobretudo aqueles que se deviam pagar ao Império Romano, opressor dos judeus.
Na página do Evangelho deste Domingo (Mt 22,15-21), Jesus é colocado numa armadilha: «É lícito ou não pagar tributo a César?». Esta pergunta trazia “água no bico”, como se diz comummente. Se respondesse que sim, teria os judeus contra Si. Se dissesse que não, os romanos tomariam Jesus como um rebelde perturbador da pax romana.
A resposta de Jesus é uma lição importante para nós: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». O seu a seu dono. Não confundamos as coisas, nem as misturemos. A Deus devemos-lhe o nosso amor, o nosso tributo, a nossa dedicação, a nossa entrega. Muitas vezes falhamos no “sim” que devemos Àquele que tudo nos dá.
Quando nos sentirmos devedores a Deus, em falta para com Ele, recordemos que o Seu amor é sem medidas e livre de taxas. Saibamos nós responder com generosidade a tão grande misericórdia e benevolência.

Francisco Maria de São José
Domingo XXIX do Tempo Comum [Ano A]
22 de outubro de 2023