“Hoje Deus vem visitar-me e eu espero estar em casa para recebê-lo”: ouvi certa vez que foi o que Santo Agostinho exclamou um dia.
Deus quer estar connosco. Na verdade, Ele já está. Ele é o interior da nossa alma, é a medula da nossa existência. Pelo que encontrá-lo, é voltar-se para dentro.
“Ó Deus, onde vagava eu à procura de Vós? Ó beleza infinita, eu vos procurei fora e estáveis dentro do meu coração”, exclamou também Santo Agostinho.
Ensina-nos a Sagrada Escritura que Deus criou o Homem à Sua imagem e semelhança e que Deus soprou sobre ele o sopro da Vida. O Espírito Santo de Deus que é a origem da nossa criação.
O Espírito Santo não só é a nossa origem, como é o nosso companheiro de viagem rumo ao destino que é a vida eterna. E Ele quer que nós sejamos o Seu santuário.
Esta realidade daria um tratado teológico, mas por hora basta que nos questionemos e reflitamos:
Santa Teresa ensina-nos que muitas vezes encontramos Deus na soledade.
Quanto tempo reservamos por dia para estarmos a sós com Deus?
São João da Cruz ensina-nos que a consciência da presença de Deus também é oração.
De que forma permitimos que a presença de Deus nos acalme, suavize e santifique ao longo do dia?
Por último, gostaria de deixar algumas palavras de Santa Isabel da Trindade extraídas do seu livro “O Céu na terra”:
“Pai-Nosso que estais nos Céus… É neste pequeno céu, que Ele para si constitui no centro da nossa alma, que o devemos procurar e, sobretudo, aí que devemos morar”.
Será que nós levamos realmente a sério estas palavras? E estamos dispostos a vivê-las?
É hora de peregrinarmos rumo à eternidade através da maior aventura: a jornada rumo ao nosso interior, ao coração do Espírito Santo dentro do nosso.
Não percamos tempo. Coragem.
José Alexandre
Domingo de Pentecostes [Ano C]