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Visita do Arcebispo de Braga ao Carmo

Desde que chegou à nossa cidade, o Senhor Arcebispo D. José Manuel Cordeiro tinha-nos feito saber, por diversas pessoas e por diversas vezes, o seu gosto de subir ao Carmo. Em um ano ainda tal não tinha sido possível. Quando, por fim, foi mesmo possível tinha passado o bendito ano da sua entrada na Arquidiocese!
Foi hoje, portanto.
Em uma manhã invernia de céu alegre e caloroso, achegou-se discreto e a pé, descendo a rua do Carvalhal, com muito tempo e um sorriso na cara. Recebemo-lo à porta da nossa igreja, em cujo adro saudou muita gente, e onde o esperava a estátua «feliz, muito interessante e sugestiva» de Frei João d’Ascensão, o santo Fradinho do Carmo», o «Santo ao pé da porta», junto de quem se recolheu por breves momentos, sentindo-se convidado e convidando-nos a todos a entrar no templo.
E entrámos com ele e com ele rezámos.
Reentrámos depois, já paramentados, seguindo a cruz do Senhor que primeiramente era seguida pelos Leitores, pelos Ministros Extraordinários da Comunhão, pela Fraternidade Secular do Carmo, e pelos religiosos da comunidade: Frei Francisco Maria, Frei Rui Rodrigues, Pe. José Carlos e Frei João Costa; e, por fim, o nosso Arcebispo.
Depois da escuta da palavra de Deus, o Senhor D. José dirigiu-nos, em palavras próximas e fraternas, uma homilia muito terna e cálida, chamando-nos para a perfeição da santidade – em que ele próprio, disse, também se inscreve –, para o seguimento de Jesus sem vergonha nem desfalecimento, para a imitação dos Santos – Santa Teresa, São João da Cruz, Santa Teresinha do Menino Jesus, e o Santo Fradinho do Carmo –, para a intimidade com o Senhor e a contínua oração amorosa.
Ao aproximar-se o fim da Eucaristia (e antes da partilha do almoço com a comunidade religiosa – um Bacalhau à Carmelita, obra do chef Frei Delícias e do seu discípulo –) oferecemos-lhe rosas e um busto do Santo Fradinho, que ele agradeceu e prometeu ter em seu escritório «por já ter aprendido a ser seu grande devoto»!
No início da Eucaristia, D. José Manuel Cordeiro, disse-nos: «Também eu subo hoje aqui, convosco, à igreja do Carmo, com a convicção de que na vida e na oração o essencial não está em pensar muito, mas em amar muito, tal como nos ensinou Santa Teresa. Aliás, isso mesmo reconhecemos na vida e nos cuidados aos pobres da nossa cidade que lhes prodigalizou Frei João d’Ascensão, o Santo Fradinho do Carmo.
Neste dia de domingo que nos congrega na Eucaristia, e no encontro de uns com os outros, e juntos, com o Senhor Ressuscitado, quero também agradecer o vosso testemunho de fé nesta cidade, para que a nossa vida e a vida de tantos alcance irradiar e contagiar a construção do bem comum e o espírito de fraternidade e de encontro com Jesus.
Venho também agradecer a história interessante da presença dos Padres Carmelitas Descalços na cidade – uma história já com séculos! –, mas especialmente a dos últimos sessenta anos aqui vividos e rezados de forma continuada e abnegada, cuja efeméride se celebrará, em verdade, no próximo dia 3 de março!
Muito obrigado aos Senhores Padres Carmelitas!».
E antes de nos dar a bênção final, D. José prometeu voltar a visitar-nos para rezar connosco; só não sabe quando. Mas virá, assim queira Deus. Que nós queremos e cá estaremos para o receber de coração cheio.